Tempo est. de leitura: 11 minutos Atualizado em 25.01.2022

A sua empresa já passou por problemas de cibersegurança? Muitos negócios já enfrentaram algum tipo de problema dessa natureza. Outros não tiveram esse azar, mas ainda não adotam medidas eficientes de segurança para esse fim. Por isso, é fundamental buscar formas de estar atento a essas questões e trazer maior segurança para o seu empreendimento.
Com o aumento do uso dos dispositivos móveis, isso ganha uma proporção ainda maior. Afinal, em muitos momentos há a quebra da barreira entre o uso corporativo e o privado nos dispositivos da modalidade BYOD (Bring Your Own Device). Por isso, é importante ter atenção aos riscos existentes.
Pensando nisso, trouxemos as sete principais ameaças para dispositivos móveis às quais você deve ficar atento e vamos tirar as suas dúvidas sobre o tema. Vamos juntos? Boa leitura.

A importância de proteger dados pessoais e empresariais

Operamos cada vez mais com dados nas rotinas organizacionais. Eles cumprem o papel importante de fornecer subsídios para que os profissionais possam tomar decisões mais acertadas e melhor orientadas no dia a dia.
Como temos cada vez mais pontos que geram informações estratégicas, elas são valiosas em seu uso. Por isso, é fundamental que se mantenham confidenciais no ambiente organizacional.
Além disso, muitas vezes temos dados pessoais de clientes, ou outras pessoas físicas, envolvidos. Com isso, a legislação vigente traz questões importantes de proteção que precisam ser cumpridas pelas empresas. Sendo assim, a proteção também previne eventuais sanções futuras.

O conceito de cibersegurança

A cibersegurança diz respeito a medidas aplicadas no ambiente da tecnologia da informação com o objetivo de proteger as informações e os dados presentes em determinados sistemas e dispositivos, evitando o sucesso de ameaças cibernéticas e ataques maliciosos.
Assim, são adotados diversos protocolos e medidas cujo objetivo é, justamente, proteger a organização desses problemas no dia a dia e mitigar as chances de sofrer prejuízos diante de um ataque hacker.
Ela trabalha questões em vários níveis, desde pontos de cuidados físicos no uso de aplicativos até a educação dos colaboradores para a utilização adequada dos dispositivos no dia a dia.
Medidas de cibersegurança são fundamentais por estes motivos:

  • manter o compliance, com a adequação para as legislações vigentes (como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais — LGPD);
  • evitar prejuízos financeiros com fraudes;
  • manter os dados de clientes e usuários protegidos;
  • manter os três pilares da segurança da informação (confidencialidade, integridade e disponibilidade);
  • proteger-se dos principais ataques, que têm se tornado cada vez mais frequentes no ambiente organizacional.

Além disso, com um número maior de dispositivos conectados, torna-se fundamental que tenhamos cuidados maiores, já que há mais pontos de vulnerabilidades que podem ser explorados por cibercriminosos.
Alguns pontos que fazem parte das políticas de cibersegurança são:

  • educação dos profissionais;
  • uso de protocolos de segurança;
  • uso de antivírus;
  • compliance;
  • acompanhamento de especialistas;
  • análise de novas tecnologias e como protegê-las;
  • adoção de soluções que tragam o conceito de privacy by design.

Os dados mais recentes de ciberataques

As ameaças cibernéticas cresceram 394% durante a pandemia em 2020. Isso ocorreu justamente porque muitos negócios passaram a atuar nesse cenário e não traçaram planos de segurança para adoção de trabalho remoto e uso de dispositivos móveis, principalmente na modalidade BYOD, ou seja, utilizando os próprios aparelhos para esse fim.
Com isso, muitas medidas de segurança necessárias não foram tomadas e as empresas ficaram excessivamente expostas a ataques de cibercriminosos. Não foram apenas as grandes empresas que passaram por isso. As PMEs também foram grandes vítimas, justamente por não terem a infraestrutura necessária para se protegerem nesse novo cenário.
Outros dados importantes que nos deixam em alerta sobre essa situação são:

As tendências corporativas e os riscos de segurança

Para além dos dados, precisamos pensar nas novas tendências corporativas que estão surgindo e de que forma elas também potencializam eventuais riscos de segurança durante o uso de dispositivos móveis e, portanto, merecem a sua atenção. Veja as principais a seguir:

  • metaverso — com plataformas novas começando a surgir e o uso de mais dispositivos nesses espaços, teremos mais pontos de contato a serem explorados pelos cibercriminosos;
  • Internet das Coisas — a interligação de sensores e outros dispositivos podem ser pontos de acesso para os sistemas de dados do seu negócio;
  • rotina de home office — algumas empresas decidiram manter-se no trabalho remoto por considerarem que é mais vantajoso e produtivo. Contudo, com isso, há menos possibilidades de intervenção próxima e direta para manter a segurança;
  • BYOD — a possibilidade de os colaboradores utilizarem os seus próprios dispositivos no dia a dia é bem interessante. Entretanto, o uso pessoal dos dispositivos pode gerar brechas de vulnerabilidade que viabilizam ciberataques.

As 7 principais ciberameaças em dispositivos móveis

Diante dessas tendências, é imprescindível acompanhar quais são as principais ameaças cibernéticas existentes para dispositivos móveis. Isso é fundamental principalmente para você definir formas de proteger os dispositivos corporativos da sua empresa.
Veja a seguir as sete ameaças mais proeminentes nos ataques corporativos e tire as suas dúvidas.

1. Ataques Man-in-the-Middle

Um dos primeiros tipos aos quais você deve estar atento nos dispositivos móveis são os ataques Man-in-the-Middle. Como o nome sugere, é como se uma pessoa estivesse no meio de uma comunicação entre você e o remetente, conseguindo interceptar os dados transmitidos pelas partes.
Muitas vezes, essa comunicação pode, inclusive, ser armazenada e alterada pelo cibercriminoso, facilitando um ataque fraudulento. Por exemplo, um link pode direcionar para uma página falsa e, assim, obter dados indevidos do negócio.

2. Violação de dados

O ataque de violação de dados é um dos mais perigosos e as suas notificações subiram 140% em 2021, segundo a empresa Kroll, autoridade em análise de riscos. Para evitá-lo, é fundamental ter medidas de privacidade que auxiliem a proteger as informações e, assim, mitigar problemas que possam levar a esse tipo de ataque.

3. Ataque phishing

Os ataques de phishing estão entre os mais comuns e mais realizados. Segundo relatório de dados da Verizon de 2019, quase um terço de todos os problemas de cibersegurança do mundo foram dessa modalidade. Com fins de espionagem cibernética, os casos chegam a 78%.
O grande problema é que eles têm se tornado cada vez mais sofisticados. Desse modo, são mais difíceis de serem identificados pelos colaboradores, que precisam ser mais treinados para reconhecê-lo e não caírem nesse golpe.
Para evitá-los, é fundamental recorrer a soluções que tenham maior sofisticação. Isso permite identificar ataques dessa natureza e gerar uma barreira antes de chegarem ao componente humano. Além disso, é fundamental que os profissionais sejam treinados para identificarem eventuais tentativas e evitarem cair no golpe com tentativas de phishing aparentemente legítimas.

4. Engenharia social

A engenharia social é um ataque engenhoso que demanda muita atenção por parte dos gestores das organizações. Isso acontece porque os cibercriminosos utilizam as possibilidades de falhas humanas para atuarem.
Assim, eles visam prever as condutas dos colaboradores diante de determinados cenários e explorá-las em benefício próprio. Por exemplo, uma chamada telefônica ou um SMS pode motivar a pessoa a fornecer informações pessoais, senhas, entre outros.
Vamos trazer um exemplo que pode ser adotado na vida pessoal e adaptado para o ambiente organizacional. Pense que uma pessoa liga para o seu telefone oferecendo um plano melhor de telefonia. Ela sabe qual é o seu plano atual devido a um vazamento de outros bancos de dados e te convence de que é, de fato, uma ligação idônea.
Você se sente tentado a obter as vantagens do plano e, diante disso, confirma alguns dados pessoais, fornecendo-os para o criminoso, que pode utilizá-los para fraudes. Isso tudo é feito, justamente, para convencê-lo da legitimidade da ligação e, assim, levá-lo a facilitar o golpe.
O desenho dessa ação é o que um cibercriminoso faz com o seu colaborador para ter acesso aos dados do seu negócio. Pensando nisso, é possível desenvolver um treinamento para os seus colaboradores com o objetivo de torná-los mais atentos e ensiná-los a evitar as chances de que um problema ocorra.

5. Roubo de identidades

Nesse tipo de ataque, o cibercriminoso obtém a credencial de acesso ao sistema da empresa ou a contas específicas que podem ser utilizadas para obter dados confidenciais do negócio. Ou seja, ele utiliza os seus dados para realizar ações no seu nome.
Por exemplo, com o nome de usuário de uma conta que tenha dados financeiros salvos, é possível utilizar essas informações para realizar compras ou, ainda, transferências de valores para contas de terceiros, caso obtenha dados bancários.
É uma das formas mais comuns de crimes cibernéticos e tende a aumentar, ainda mais, diante dos megavazamentos de dados. Algumas das consequências dele são:

  • esvaziamento da conta bancária;
  • abertura de linhas de crédito em nome da empresa;
  • obtenção de documentos legais;
  • utilização de benefícios financeiros;
  • realização de compras em nome da empresa com linhas de crédito do negócio.

Uma das formas de atenuar essa vulnerabilidade nos dispositivos móveis é garantir protocolos de segurança eficazes, além de ter medidas de proteção que sejam aplicadas diretamente nos aparelhos dos colaboradores.

6. Força bruta

O ataque de força bruta é aquele em que o cibercriminoso tenta descobrir a senha de uma conta por meio de tentativa e erro, muitas vezes utilizando um software específico para esse fim. É um método de ataque antigo, mas continua sendo bastante explorado por muitos hackers.
Para evitá-lo, em primeiro lugar, você deve ter uma senha robusta, ou seja, que gere maior dificuldade para a sua descoberta. Além disso, é fundamental ter um gerenciador de senhas, que permita realizar trocas periódicas para evitar problemas.
Também é essencial implementar a autenticação de dois fatores no seu negócio. Com isso, mesmo que um hacker descubra a senha de uma determinada conta, ele não terá acesso, pois dependerá de um segundo código para ter sucesso. Isso gera uma nova barreira, dificultando a realização do ataque.

7. Ransomware

Deixamos por último um dos tipos de ataques mais graves para as organizações que também estão afetando os dispositivos móveis. O ransomware tem sido o pesadelo de muitos profissionais.
É o tipo de ataque em que, por meio de uma vulnerabilidade, um malware passa a criptografar os dados de um dispositivo ou servidor (físico ou em nuvem). Isso é feito de forma oculta, ou seja, os profissionais geralmente só percebem quando os danos já estão bem estendidos.
O ransomware é tão danoso que até mesmo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou diversos líderes de nações para discutir como responder a esse tipo de ameaça, que tem se tornado cada vez mais frequente no ambiente dos ciberataques.
Para evitá-lo, além de ter backups de arquivos, é fundamental ter políticas rígidas de segurança cibernética e treinamentos para funcionários para que eles possam não só identificar precocemente eventuais problemas, mas também saber como responder rápido ao verem um ataque dessa natureza.
Lembre-se sempre de que não há sistemas impenetráveis. Por isso, é indispensável ter políticas de segurança que contemplem, também, como proceder em caso de problemas.
As principais ameaças em dispositivos móveis merecem atenção para proteger a sua empresa de eventuais problemas. Isso é fundamental, principalmente, para estar atento às questões que trouxemos ao longo deste artigo sobre novas tendências que estão chegando para os negócios. Por isso, é muito importante que você acompanhe essas inovações e veja como minimizar os perigos associados a elas.
Pensando nisso, trouxemos os sete principais ataques realizados por dispositivos móveis no dia a dia das organizações e dicas de como preveni-los. Esperamos que essas informações sobre cibersegurança tenham ajudado. Mas, lembre-se: como as mudanças ocorrem rapidamente, é fundamental estar atento a novidades e mudanças.
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Carol Team Urmobo

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