Tempo est. de leitura: 7 minutos Atualizado em 05.02.2025

Spear phishing é um tipo de ataque cibernético direcionado, no qual criminosos se passam por remetentes confiáveis para enganar colaboradores e obter informações.

Diferente de ataques genéricos, o spear phishing é personalizado, utilizando dados específicos sobre a vítima ou a empresa para aumentar suas chances de sucesso, resultando em violações de informações, perdas financeiras e danos à reputação da organização.

Quando não há medidas de prevenção adequadas, as corporações ficam expostas a riscos, podendo sofrer prejuízos financeiros, interrupções operacionais e até mesmo processos legais por falhas na proteção de dados.

Neste artigo, entenda como acontecem os ataques de spear phishing e quais são as principais práticas de segurança para essa ciberameaça. Confira!

O que é spear phishing? 

Spear phishing é um tipo de ataque cibernético orientado, no qual o criminoso foca em indivíduos ou organizações específicas, usando informações pessoais para tornar a fraude mais convincente.

Esse ciberataque é personalizado, geralmente por e-mail, e busca enganar a vítima para que ela revele dados sensíveis, como senhas, informações financeiras ou acesse links maliciosos.

Esse modo de ataque é mais difícil de detectar devido ao seu alto nível de sofisticação e personalização.

Os invasores costumam realizar pesquisas prévias sobre a vítima, utilizando redes sociais e outras fontes públicas para obter detalhes que aumentem a credibilidade da mensagem.

Por isso, é importante a conscientização e a verificação rigorosa de e-mails suspeitos para a prevenção.

Diferenças entre spear phishing e phishing

A principal diferença entre spear phishing e phishing está no grau de personalização e no público-alvo.

O phishing é um ataque em massa, com mensagens genéricas que tentam enganar qualquer usuário desatento, geralmente simulando comunicações de bancos, serviços online ou redes sociais.

Já o spear phishing é direcionado, focado em indivíduos ou organizações específicas, com mensagens personalizadas que utilizam informações coletadas sobre a vítima para parecerem mais autênticas e aumentar as chances de sucesso.

Enquanto o phishing aposta na quantidade, o spear phishing foca na qualidade da fraude, tornando-o mais sofisticado e difícil de identificar.

Como acontecem os ataques de spear phishing? 

Os hackers personalizam ataques de spear phishing coletando informações da vítima em redes sociais, e-mails e sites corporativos. Com esses dados, criam mensagens que parecem confiáveis, imitando colegas de trabalho, superiores ou empresas conhecidas.

Eles usam técnicas de engenharia social para gerar urgência e convencer a vítima a clicar em links maliciosos ou abrir anexos infectados.

Essa estratégia tem se tornado cada vez mais comum, o que reflete também no aumento das ameaças digitais. Uma pesquisa da Check Point Research apontou que, no segundo trimestre de 2024, houve um crescimento de 30% nos ciberataques a nível global, sendo o maior aumento nos últimos dois anos. 

São inúmeros os exemplos de corporações que sofreram esse tipo de ciberataque e tiveram prejuízos, como:

  • Google e Facebook: ambas foram vítimas de um golpe de spear phishing entre 2013 e 2015, perdendo cerca de US$ 100 milhões para um hacker que se passou por fornecedor de serviços de TI com faturas falsas;
  • Ubiquiti Networks: em 2015, a empresa de tecnologia perdeu aproximadamente US$ 46 milhões após um ataque em que e-mails falsos solicitaram transferências bancárias para contas controladas pelos criminosos;
  • Crelan Bank (Bélgica): em 2016, o banco sofreu um prejuízo de US$ 75 milhões quando executivos foram enganados por e-mails que pareciam vir de membros da diretoria solicitando transferências fraudulentas;
  • Sony Pictures: o famoso ataque de 2014 começou com spear phishing direcionado a funcionários, resultando na exposição de dados confidenciais, e-mails internos e filmes inéditos;
  • RSA Security: em 2011, um ataque de spear phishing com um anexo malicioso permitiu o acesso a informações sensíveis sobre tokens de segurança, afetando milhões de clientes;
  • Scoular Company: a organização agrícola perdeu cerca de US$17 milhões em 2014 após um ataque que envolvia e-mails falsos do CEO pedindo transferências internacionais urgentes.

Práticas de segurança contra spear phishing

Como citamos anteriormente, o spear phishing pode resultar em vazamento de dados, perdas financeiras e comprometimento da segurança de organizações inteiras.

Por isso, entender como se proteger reduz os riscos e fortalece a defesa contra essas ameaças. A seguir, confira as principais práticas de proteção contra o spear phishing.

1- Aprenda a verificar URLs e sites

Aprender a verificar URLs e sites é uma prática essencial para evitar ataques de spear phishing nas organizações. Antes de clicar em qualquer link, é importante passar o cursor sobre ele para visualizar o endereço completo e verificar se corresponde ao site oficial.

Fique atento a pequenos detalhes, como erros de ortografia, domínios estranhos ou variações sutis no nome da empresa, que podem indicar um site falso.

Prefira digitar o endereço diretamente no navegador em vez de clicar em links recebidos por e-mail. O uso de conexões seguras (https) e certificados válidos também são sinais de confiabilidade.

2- Utilize um software antivírus para verificar e-mails

Utilizar um software antivírus para verificar e-mails ajuda a identificar e bloquear anexos maliciosos, links suspeitos e tentativas de phishing antes que o usuário interaja com eles. 

Esses sistemas contam com recursos avançados de detecção, capazes de reconhecer ameaças mesmo em e-mails bem elaborados. Muitas soluções oferecem filtros de segurança em tempo real, analisando o conteúdo das mensagens e alertando sobre possíveis riscos.

3- Mantenha todos os softwares atualizados

Atualizações frequentes corrigem vulnerabilidades que podem ser exploradas por hackers para executar ataques, inclusive por meio de e-mails maliciosos.

Isso inclui sistemas operacionais, navegadores, aplicativos de e-mail e softwares de segurança, que recebem patches de proteção para lidar com novas ameaças. Soluções desatualizadas facilitam a entrada de malwares mesmo em casos de pequenos descuidos dos usuários.

Ao garantir que todos os aparelhos estejam com as versões mais recentes, a organização reduz os riscos de brechas de segurança.

4- Ofereça treinamentos aos colaboradores

Ao capacitar os funcionários, eles aprendem a reconhecer sinais de e-mails maliciosos, links suspeitos, solicitações incomuns e erros de formatação.

O treinamento também aborda técnicas de engenharia social usadas por hackers, aumentando a conscientização sobre os riscos. Simulações de ataques podem ser aplicadas para testar a reação dos colaboradores em situações reais.

Com equipes bem treinadas, a organização reduz a chance de erros humanos, que são uma das principais portas de entrada para ataques cibernéticos.

5- Atenção ao compartilhamento de dados

É necessário limitar o acesso a informações apenas a colaboradores autorizados e adotar políticas rígidas para o uso de aplicativos e ferramentas de comunicação.

O controle de apps e o monitoramento de acessos remotos ajudam a identificar atividades suspeitas e evitar que dados corporativos caiam em mãos erradas.

Orientações sobre o cuidado ao compartilhar informações em redes sociais e e-mails corporativos diminuem o risco de exposição. Esse controle rigoroso protege a organização contra ataques baseados em dados coletados de forma indevida.

6- Tenha o suporte de uma IA

Sistemas de inteligência artificial podem analisar grandes volumes de e-mails em tempo real, identificando padrões suspeitos e comportamentos anormais que poderiam passar despercebidos por humanos.

A IA é capaz de detectar links maliciosos, anexos perigosos e tentativas de engenharia social com maior precisão, aprendendo e se adaptando continuamente a novas ameaças. Além disso, pode automatizar respostas a incidentes, agilizando a contenção de possíveis ataques

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