Tempo est. de leitura: 6 minutos Atualizado em 15.09.2022

Você já ouviu falar sobre empresas que sofreram ataques cibernéticos e ficaram horas – ou até mesmo dias – sem conseguir executar operações básicas do cotidiano? É exatamente este o diferencial de organizações com resiliência cibernética.

Neste artigo, vamos entender em detalhes sobre  segurança e resiliência cibernética, ajudando você a descobrir o que o seu negócio precisa. Boa leitura!

Resiliência cibernética e segurança cibernética: quais são as diferenças?

Resiliência cibernética envolve a forma de preparação, resposta e a capacidade de recuperação de violação de dados ou ataques cibernéticos, para que não haja interrupção nas atividades do dia a dia. Com este cuidado, mesmo durante um contratempo, será possível continuar trabalhando normalmente.

Um exemplo recente foi o ataque sofrido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) que, dentre outros fatores, impediu o lançamento da pesquisa semanal com levantamento dos preços, feita pelo próprio órgão.

Já a segurança cibernética, é composta por uma série de ações com o objetivo de diminuir as chances de sucesso em um ataque, sendo um ponto importante para a proteção do patrimônio da empresa.

Então, para resumir a diferença entre resiliência cibernética e segurança cibernética, podemos dizer que uma previne possíveis ataques (segurança), enquanto a outra permite que, mesmo que os ataques sejam bem sucedidos, a empresa possa continuar trabalhando (resiliência).

É possível ter segurança e resiliência cibernética integradas na empresa?

Não só é possível, como é necessário. A segurança cibernética é essencial para diminuir os riscos, controlar os dados e dificultar as chances de ataques. Porém, nenhuma solução é “perfeita” e neste ponto precisamos da resiliência para assegurar a operação e minimizar os impactos.

A resiliência cibernética é uma medida preventiva para combater uma série de erros. Sendo eles humanos, configurações incorretas ou vulnerabilidades em softwares e hardwares.

Temos algumas dicas de como construir uma resiliência cibernética eficaz:

  • Proteção contra ameaças: algumas soluções para controle de risco podem fortalecer sua estratégia de segurança, diminuindo seus impactos;
  • Backups: após um ataque é preciso continuar. Para isso, tenha sempre métodos para recuperar os dados, como os backups. Isso serve para ataques ou até mesmo problemas do dia a dia;
  • Adaptação: esteja em constante evolução. A tecnologia avança, os ataques evoluem e sua segurança não pode parar no tempo;
  • Resiliência: a definição da resiliência é poder continuar operando após um ataque. Com melhorias de sistema e uma boa avaliação, sua empresa se torna capaz de estar a todo vapor sempre!

Como avaliar a segurança cibernética na prática?

Em teoria, a segurança cibernética vem antes da resiliência, então vamos começar falando  como fazer uma avaliação deste processo na sua empresa.

Antes de iniciarmos, vale prestarmos atenção aos dados apresentados pela ExtraHop, onde foi demonstrado que mais de 60% das empresas globais expõem protocolos na internet. O resultado do estudo evidencia a importância deste processo nas organizações.

E esta pode ser somente a ponta do iceberg, visto que a tecnologia avança cada vez mais – tanto para o bem, quanto para o mal.

Vamos ao passo a passo:

Definir o enfoque da avaliação

Para avaliar o risco da sua empresa é importante definir quais serão os setores ou locais avaliados. Claro que isso pode se tratar de algo geral, em toda a organização, mas se for algo muito grande é recomendado que inicie em pequenos processos – assim otimizando os resultados.

Outro ponto importante para o desenvolvimento deste processo é fazer com que todos os envolvidos entendam a importância da avaliação de risco e cooperem com o mesmo. 

Esta etapa é crucial para o entendimento dos possíveis riscos, avaliação de impactos e a definição das tolerâncias dentro da segurança.

Identificar possíveis ameaças

O primeiro passo é saber que, para proteger algo, você precisa saber o que está protegendo. Sendo assim, faça um inventário de todos os ativos físicos que estão dentro dessa avaliação.

Após a identificação do que será protegido, chega a hora de identificar quais são as ameaças existentes para este inventário. Essas ameaças são possíveis táticas e métodos utilizados com potencial de atrapalhar a vida destes ativos.

Dica de ouro: cada ativo se porta de uma maneira, tendo diferentes formas de proteção, por isso, verifique esses riscos individualmente para saber a necessidade de cada um deles.

Por último, é preciso identificar tudo que pode dar errado no processo e quais as consequências disso. Cada ativo tem sua individualidade, lembre-se disso durante todo o processo.

Priorização e determinação de riscos

Todos os cenários de risco devem ser classificados. Quando o ativo está seguro, deve ser considerado “improvável” de acontecer algo com ele, sendo um risco “baixo”. 

Porém, quando ainda não houve uma priorização deste atributo e, caso haja um ataque direcionado a ele ou não se tem certeza da segurança, um erro pode ser categorizado como “provável” de acontecer e torna-se um ativo de “alto” risco.

É o momento em que entra o planejamento, onde a tolerância deve ser definida para que as ações sejam direcionadas para onde realmente terão impacto.

Qual das duas soluções a sua empresa precisa no momento?

É importante relembrar o que vimos até aqui: as duas soluções trabalham muito bem juntas, apesar de terem suas peculiaridades.

Ambas prezam pela segurança da empresa, o que torna o patrimônio muito mais seguro. Ao mesmo tempo, agem de formas diferentes para obter este meio.

Caso esteja começando do zero, algumas práticas da segurança cibernética podem ser simples de executar e irão te auxiliar a criar uma cultura dentro da empresa que facilitará ações futuras.

Se interessou pelo tema? Confira no nosso blog como avaliar a segurança em redes corporativas e veja como deixar sua empresa ainda mais protegida.

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